(outra vez) reflexos: de um que está só, "half awake in a fake empire".
quando se virou para mim, vi que não tinha bem aquilo a que chamamos cara. exactamente o que eu esperava.
merece uma coroa.
hoje penso em barcos e cinema e mares inclinados como se não houvesse geografia.
o retrovisor como ideia, imagem da auto-ilusão. pensar que olhamos para trás quando apenas desviamos o olhar um pouco para o lado, sem sequer virar a cabeça. e arrancar a partir desse "aí", que nunca lá esteve, só em reflexo.
(outra vez o reflexo. há-de dar em refluxo, esta obsessão)
uma das coisas mais estranhas que alguma vez me passaram pela vida, pelas mãos. ter feito esta fotografia, ter visto esta cena no dia seguinte ao da morte do Bergman
foi assim que me vi do lado do espelho que não é o outro, o que assusta. imagino se me visse e encontrasse nesse. se calhar, via-me e desejava-me. mas, assim mesmo, acho que vou encomendar uma dream machine do brion gysin.
the boy in the bubble babbled about buckets of big boobs. he bought booze, lots of booze. then he burst, like burroughs.
fim de tarde. só isso. só um fim de tarde. só o fim de uma tarde, um dia. mais um dia com um fim da respectiva tarde. acontece todos os dias, mas há dias em que o fim da tarde nos rouba as palavras necessárias para sobreviver à noite que segue.
someone stole my blue raincoat, i don't know if it's already famous.
babel, babado. numa parede de simples quarto de banho, a confusão, a presunção. praquê?
faça o favor de se sentar. aqui, por debaixo do metal barato, por deboche da imitação da cauda de pavão.